segunda-feira, 5 de setembro de 2011

INTERTEXTUALIDADE



Textos "conversam" entre si

Para entender o que é o conceito de "intertextualidade", um exemplo divertido. O jogo do "não confunda":
  • Não confunda "bife à milanesa" com "bife ali na mesa",

  • Não confunda "conhaque de alcatrão" com "catraca de canhão",

  • Não confunda "força da opinião pública" com "opinião da força pública".
    Como se vê, é possível elaborar um texto novo a partir de um texto já existente. É assim que os textos "conversam" entre si. É comum encontrar ecos ou referências de um texto em outro. A essa relação se dá o nome deintertextualidade.
    Para entender melhor a palavra, pense em sua estrutura. O sufixo inter, de origem latina, se refere à noção de relação (entre). Logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem.

  • Dados da Aula

    O que o aluno poderá aprender com esta aula
    Esta aula tem o objetivo de Desenvolver a capacidade de relacionar textos diversos, identificando um intertexto.  
    Duração das atividades
    3 aulas de 50 minutos
    Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
    Habilidades básicas de leitura e escrita e conhecimentos sobre antíteses e paradoxos
    Estratégias e recursos da aula

    Aula 1

    A) Apresentação da seguinte imagem aos alunos:

    Mon Bijoux deixa sua roupa uma perfeita obra-prima.”
    B) Indagar se eles já conheciam a propaganda e se sabem a que outra imagem famosa ela refere-se. Mostre então a imagem abaixo e explique sobre a tão famosa obra. 

    Informações sobre a obra:

    Monalisa é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano Leonardo da Vinci, o quadro retrata a figura de mulher com um sorriso tímido e expressão introspectiva.

     Introduza o conceito de intertextualidade.
    Intertextualidade é a relação entre dois textos em que um cita o outro. Assim, qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos é exemplo de intertextualização. A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas etc. Esclareça que, dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida.

    Aula 2   

    a) Entregue aos alunos o texto abaixo:   

    Texto 1:

    Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.   
    (Bíblia, I Coríntios 13)
    b) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, faça você, professor, uma leitura em voz alta para os alunos. Procure dar a entonação e as pausas adequadas, fazendo desta uma leitura bastante expressiva e contagiante.     
    c) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram, (por quê?) e se o compreenderam.    
    d) Entregue aos alunos o texto abaixo:

    Texto 2:   

    Amor é fogo que arde sem se ver;
    É ferida que dói e não se sente;
    É um contentamento descontente;
    É dor que desatina sem doer;
    É um não querer mais que bem querer;
    É solitário andar por entre a gente;
    É nunca contentar-se de contente;
    É cuidar que se ganha em se perder;
    É querer estar preso por vontade;
    É servir a quem vence, o vencedor;
    É ter com quem nos mata lealdade.
    Mas como causar pode seu favor
    Nos corações humanos amizade,
    se tão contrário a si é o mesmo Amor?
    Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)     
    e) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, distribua cada verso do poema para cada aluno da turma. Dependendo do número de alunos da turma, divida-a em 2 grupos e então distribua os versos do poema para cada aluno de cada grupo. Peça para que os grupos reunam seus participantes e elaborem uma forma de recitar o poema. Cada aluno deverá apresentar um verso, atentando-se para a entonação necessária e a emoção que deve passar.    
    f) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram (por quê?) e o que sentiram ao ter que recitá-lo.   
    g) Entregue aos alunos os exercícios abaixo: 

    Exercícios   
    1.      Em poucas linhas, escreva o assunto do texto I.
    2.      Tendo em vista que o texto I foi tirado da Bíblia, qual é o seu público alvo?
    3.      Agora, em poucas linhas escreva o assunto do texto II.
    4.      Em sua opinião, qual é o objetivo comunicativo do texto II.       
    5.      Considere as definições:
    Antítese – Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
    Paradoxo - é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece ser contraditória, mas na realidade expressa uma verdade possível.
    O poema de Camões é composto por antíteses e paradoxos.
    a) Dê um exemplo de antítese.
    b) Dê um exemplo de paradoxo.
    c) Que sentido essas figuras de linguagem trazem para o texto?   
    6. Qual o aspecto semelhante entre os dois textos?   
    7. A concepção de amor é diferenciada nos dois textos. Explicite essa diferença.  
    (Professor, guie os alunos para a percepção do tratamento diferenciado dado ao amor nos dois textos. No texto I, o amor é tratado como generoso, caridoso, enquanto no texto II, temos o amor possessivo, contraditório.)   
    h) Peça que os alunos façam os exercícios e depois os corrija juntamente com os alunos.

    Aula 3

    i) Relembre os dois textos estudados na aula passada. Se julgar necessário, releia-os  ou peça que os alunos leiam em voz alta.
    j) Entregue o texto abaixo aos alunos. Professor, a sugestão é que você leve a música para os alunos ouvirem e peça que acompanhem a música com a leitura silenciosa da letra.

    Texto III

    Monte Castelo
    Ainda que eu falasse
    A língua dos homens
    E falasse a língua dos anjos
    Sem amor, eu nada seria...
    É só o amor, é só o amor
    Que conhece o que é verdade
    O amor é bom, não quer o mal
    Não sente inveja Ou se envaidece...
    O amor é o fogo
    Que arde sem se ver
    É ferida que dói
    E não se sente
    É um contentamento
    Descontente
    É dor que desatina sem doer...
    Ainda que eu falasse
    A língua dos homens
    E falasse a língua dos anjos
    Sem amor, eu nada seria...
    É um não querer
    Mais que bem querer
    É solitário andar
    Por entre a gente
    É um não contentar-se
    De contente
    É cuidar que se ganha
    Em se perder...
    É um estar-se preso
    Por vontade
    É servir a quem vence
    O vencedor
    É um ter com quem nos mata
    A lealdade
    Tão contrário a si
    É o mesmo amor...
    Estou acordado
    E todos dormem, todos dormem
    Todos dormem
    Agora vejo em parte
    Mas então veremos face a face
    É só o amor, é só o amor
    Que conhece o que é verdade...
    Ainda que eu falasse
    A língua dos homens
    E falasse a língua dos anjos
    Sem amor, eu nada seria...
    (Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.)
    l) Após a leitura/escuta, pergunte aos alunos se eles já conheciam a música, o que acharam dela e por quê.
    m) Pergunte se eles conseguem ver semelhanças entre a letra da música e os dois textos lidos anteriormente. Ressalte que essas semelhanças compõem uma relação de intertextualidade.
    n) Peça que grifem na letra as partes que “dialogam” com o Texto I e as que “dialogam com o Texto II.
    o) Comente com os alunos sobre a relevância da música Monte Castelo ao trazer para os jovens dos anos 80 (quando a música foi lançada) dois escritores tão distantes. Vale ressaltar que o poema de Camões data do século XVI e compõe a vasta gama de produção do período do Classicismo; já a carta do apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, registrada na Bíblia, foi escrita em Éfeso, no século I d.C









    ATIVIDADES COM CONJUNÇÃO COORDENATIVA EJA 4 FASES

    PLANEJAMENTO
    Conjunção coordenativa , aula expositiva explicando passo a passo de como funciona a conjunção coordenativa dentro das orações.
    Objetivos gerais:
    Propiciar ao aluno que desenvolva a capacidade de dominar a Língua Portuguesa em diferentes contextos e situações do cotidiano.
    Estratégias de Ensino:
    -Aulas expositivas; orais e escritas,
    - Vídeos
    -Leitura de textos diversificados.
    Formas de Avaliação:
    - Produção de texto ( redação)
    - Pesquisa
    - Seminário
    - Provas e testes
    - Observação cotidiana
    - participação em aula.


    1. Classifique as conjunções destacadas abaixo, usando este código:
    (a) aditiva (b) adversativa (c) conclusiva (d) alternativa
    1. Vamos sair e tomar um lanche. ( )
    2. Tentei chegar mais cedo mas não consegui. ( )
    3. Ele conhece bem este assunto, no entanto ficou nervoso e errou muitas respostas. ( ) ( )
    4. Você fez um excelente trabalho; portanto, merece nota máxima. ( )
    5. Ele não foi á reunião nem mandou um representante. ( )
    6. Somos amigos, logo devemos nos ajudar uns aos outros. ( )
    7. No recreio, as crianças costumam brincar no jardim ou correr pelo pátio. ( )
    8. Ele não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório final. ( )
    9. Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. ( )
    10. Ou saio eu, ou sai ele desta sala. ( )

    3) Ligue as frases no exercício abaixo usando as conjunções dadas. Observe o sentido pedido em cada uma delas:
    Conjunções :e, nem, mas, porém, todavia, contudo, logo, então, portanto, pois, logo, embora, caso, pra que, à medida que, que

    1) Ele era o artilheiro do time. Ele não marcou nenhum gol no campeonato. (adversativa)
    2) Ouvimos um ruído. Havia gente nos fundos da casa. (conclusiva)
    3) Devolva-me o livro. Estou precisando dele. (explicativa)
    4) Ele saiu. Eu cheguei. (aditiva)
    5) O dia está agradável. Devemos aproveitar o dia. (conclusiva)

    segunda-feira, 29 de agosto de 2011

    Meus alunos queridos da EJA



    Alunos desenvolvendo atividades com interpretação de texto em sala de aula...
    Disciplina: Português
    Conteúdo: Textos (Compreensão)
    Tema: Interpretação de texto
    Objetivo: 
    Identificar informações localizadas no texto lido
    Material:
    Texto, caderno e lápis grafite.



    domingo, 28 de agosto de 2011

    Conhecendo o Jornal


    Alguns tipos de textos jornalísticos: 

    Artigo — Texto que contém comentários ou teses baseados em opiniões pessoais, escrito por colaboradores ou personalidades que, em geral, não são jornalistas. 
    Chamada - Texto muito curto, publicado na primeira página ou capa, que remete à íntegra da matéria, nas páginas interiores do jornal.

    Coluna – Matéria assinada que sai sempre na mesma página. Seu estilo é mais livre e pessoal do que o do noticiário comum.

    Crônica – Texto que registra, em geral, observações ou impressões sobre o cotidiano. Pode narrar fatos reais em forma de ficção.

    Editorial ou opinião - Reflete a opinião do jornal, sem ser assinado por nenhum profissional individualmente.

    Entrevista — Texto baseado nas declarações de um indivíduo a um repórter. Quando editado com as perguntas e as respostas em sequência, é chamado de ping-pong.

    Matéria – Qualquer texto jornalístico. As matérias podem ser "quentes" (sobre um fato do dia, ou em andamento) ou "frias" (sobre temas relevantes, mas não necessariamente novos ou urgentes).

    Nota — Notícia curta, que informa apenas os dados essenciais do fato ou acontecimento. 
    Notícia — Relato de fatos e acontecimentos atuais ou recentes, ocorridos no país ou no mundo, de interesse da comunidade e dos leitores, feito de forma impessoal.

    Perfil - Texto descritivo de um personagem, muitas vezes apresentado em forma testemunhal.

    Reportagem – É o conjunto de informações resultantes de um trabalho de investigação jornalística, que visa aprofundar a notícia. Pode utilizar diferentes tipos de texto.
    Suíte – Matéria que dá seqüência ou continuidade a uma notícia, seja por desdobramento do fato, por conter novos detalhes ou por acompanhar um personagem.

    Texto-legenda - Texto curto, que acompanha uma foto, descrevendo-a e adicionando-lhe alguma informação, com valor de matéria independente.

    O Jornal nas aulas de Português


    O JORNAL NAS AULAS DE PORTUGUÊS

                  Desde o período imediatamente anterior à alfabetização, o jornal pode ser um instrumento especialmente útil para o recebimento de letras, números, palavras ou imagens, fornecendo elementos para uma espécie de “leitura”, do tipo que os aprendizes realizam com as primeiras histórias em quadrinhos. Mas adiante, para o exercício da leitura, o jornal oferece textos vivos, em linguagem direta, simbioticamente relacionadas com ilustrações, que muito facilmente chamam atenção e passam a constituir temas de animadas conversas entre os alunos.
                  Mais especificamente, nas quatro últimas séries do Ensino Fundamental, procura-se um domínio maior na capacidade de expressão escrita. Nesse sentido, a utilização do jornal pode representar uma contribuição extremamente importe. Sua linguagem direta, concisa, mas plena de informações significativas, serve de estímulo e degrau para a produção de textos mais ambiciosos do que os elaborados nas séries iniciais. O desenvolvimento da capacidade de articulação das idéias, do estabelecimento de relações entre aparentemente independentes, da competência na construção de argumentos é outro resultado esperado do ensino da língua nessa faixa etária para a qual os textos jornalísticos podem  oferecer uma contribuição importante. Além disso, dado que os jornais muitas vezes referem-se a temas ou fatos vivenciados pelo leitor, a possibilidade de comparação entre fatos e verões, ou entre diferentes versões é especialmente  favorável para o exercício de uma leitura crítica.
                  Resumindo, continuamente, os textos jornalísticos oferecem um cardápio variado, com múltiplas perspectivas  de explorações de natureza didática. Dos editoriais, que podem ser exemplos de concisão, sem prejuízo da argumentação desenvolvida ou da mensagem veiculada, às páginas dos cadernos de Turismo, que fornecem elementos muito ricos para exercícios de descrição, praticamente tudo pode servir de apoio ao trabalho docente.  

    PLANO DE AULA


    DICAS PARA professores que precisam FAZER UM PLANO DE AULA base para qualquer disciplina .

    Os OBJETIVOS englobam seis grandes áreas:

    • Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e relatar no final, pois, se trata de RE.
    • Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir, localizar, reafirmar no final por causa do RE.
    • Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Não tem RE.
    • Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar. Não tem RE.
    • Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor, reunir, voltar. Não tem RE.
    • Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Não tem RE.

    Todo OBJETIVO tem que ter um verbo do CONHECIMENTO e outro da AVALIAÇÃO. Objetivo não se repete verbo, mais ou menos cinco

    COMPETÊNCIAS – Tem que ter verbos da COMPREENSÃO e da APLICAÇÃO, mais ou menos três.

    CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OU EIXO TEMÁTICO 
    – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO quando for sobre a apostila/livro na sua totalidade e
    EIXO TEMÁTICO quando for somente de uma parte/capítulo.

    METODOLOGIA – Aula expositiva dialógica -Vice-Versa -, exposição via televisão ou via televisão/DVD de filme, documentário, clipe e etc. Exposição de transparências via retro projetor, elaboração de fichamentos, resumos de textos pré-selecionados, mapeamentos, resolução de exercícios, aplicação de mini aulas, utilização de recursos instrucionais (giz, quadro, apostila, TV, dvd).

    AÇÃO DIDÁTICA – Separada por momentos, descreve de maneira breve o que vai ser trabalhado em sala de aula, só pode ter verbos terminados em MENTO e AÇÃO, mais ou menos três.

    Exemplo:

    Primeiro Momento

    Segundo Momento

    Terceiro Momento

    HABILIDADES – É o que o aluno deverá desenvolver/adquirir durante as aulas, usando os verbos no substantivo, terminado em MENTO ou AÇÃO.

    AVALIAÇÃO – Forma com que o aluno será avaliado pelo professor. Pode usar verbos sem o R, como por exemplo: CANTAR – CANTA, mais ou menos três.

    BIBLIOGRAFIA - Apostila ou livro onde se teve o embasamento para a aula.

    (O RE significa tudo que vai reafirmar, por exemplo, se a palavra a ser usada é "Organizar" e se por acaso vc for usar "REorganizar", aí esta palavra começada com RE tem que obrigatoriamente ver fechando o plano ou o itém do plano. Igual o "REafirmar".
    O artigo foi útil? Deixe um comentário ou uma sugestão.

    Tautologia

    Você sabe o que é tautologia?
    Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem.
    Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
    O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou o "descer para baixo".Como um vício de linguagem pode ser considerada um sinônimo depleonasmo ou redundância. 


    A seguir você verá vários exemplos de tautologia:
    - amanhecer o dia - anexo junto à carta
    - conviver junto
    - criação nova
    - de sua livre escolha
    - detalhes minuciosos
    - em duas metades iguais
    - encarar de frente 
    expressamente proibido
    - há anos atrás - multidão de pessoas outra alternativa
    - sintomas indicativos - superávit positivo todos foram unânimes - vereador da cidade 

    Essas repetições são dispensáveis e erradas.

    Vejamos o caso de "CONVIVER JUNTO com eles"
    O verbo CONVIVER já indica "viver junto com outras pessoas", "viver em comum". Logo, acrescentar o adjetivo "junto" ou o advérbio "juntamente" não tem lógica.Está errado.


    OUTROS EXEMPLOS

    - A razão é porque...;
    - A seu critério pessoal
    - Abertura inaugural;
    - Abusar demais;
    - Acabamento final;
    - Almirante da Marinha;
    - Ambos os dois/ de dois;
    - Atrás da retaguarda;
    - Beco sem saída;
    - Brigadeiro da Aeronáutica;
    - Certeza absoluta;
    - Colaborar com uma ajuda/um auxílio;
    - Com absoluta exatidão;
    - Comparecer em pessoa;
    - Completamente vazio/cheio
    - Comprovadamente certo;
    - Continua a permanecer; 
    - De comum acordo;
    - Demasiadamente excessivo;
    - Despesas com gastos;
    - Destaque excepcional;
    - Discussão tensa;
    - Elo de ligação;
    - Empréstimo temporário;
    - Escolha opcional;
    - Exceder em muito;
    - Exultar de alegria;
    - Fato real;
    - Frequentar constantemente/ sempre; 
    - Ganhar grátis;
    - General do Exército;
    - Goteira no teto;
    - Gritar bem alto;
    - Habitat natural;
    - Inovação recente;
    - Interromper de uma vez;
    - Juntamente com;
    - Medidas extremas de último caso;
    - Monopólio exclusivo;
    - Morrer mesmo;
    - Nos dias 8, 9 e 10, inclusive;
    - Palavra de honra;
    - Passatempo passageiro;
    - Planejar antecipadamente;
    - Preconceito intolerável;
    - Principal obra-prima;
    - Quantia exata;
    - Repetir outra vez/de novo;
    - Retornar de novo;
    - Sentido significativo;
    - Sorriso nos lábios;
    - Sua autobiografia;
    - Surpresa inesperada;
    - Última versão definitiva
    - Vandalismo criminoso;
    - Velha tradição;
    - Viúva do falecido;
    - Voltar atrás/de ré.

    A LÍNGUA PORTUGUESA AGRADECE


    Texto: A Lingua Portuguesa agradece... Nossos ouvidos também.

    O texto oferece uma maneira simples de verificar várias palavras que são pronunciadas pelas pessoas de forma incorreta, segundo a variante padrão da linguagem.

    Com algumas pequenas adaptações é possível utilizá-lo em sala de aula. Certamente renderá uma aula leve e até divertida. Pode-se também distribuir aos alunos a título de curiosidade. Certamente eles aprenderão a pronuncia correta de algumas palavras.
    Não diga:
    -Menas (sempre menos)
    -Iorgute (iogurte)
    -Mortandela (mortadela)
    -Mendingo (mendigo)
    -Trabisseiro (travesseiro)
    -Trezentas gramas (é O grama e não A grama)
    -Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
    -Cardaço (cadarço)
    -Asterístico (asterisco)
    -Beneficiente (beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)
    -Meia cansada (meio cansada)
    A forma correta de pronunciar é a que está entre parênteses.
    Lembre-se também:
    - Mal - Bem
    - Mau - Bom
    -A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar
    -O certo é CUSPIR e não GOSPIR.
    -O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
    -Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino!
    -O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos.
    -Homens dizem OBRIGADO e mulheres, OBRIGADA;
    -O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
    -“FAZ dois anos que não o vejo" e não "FAZEM dois anos";
    -POR ISSO e não PORISSO;
    -"HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM";
    -"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...";
    -PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA;
    -A PARTIR e não À PARTIR;
    -Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim
    comprar ou para mim comer (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles");
    -Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.);
    -As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura; HALL é RÓL não RAU, nem AU;
    E, agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING: Não é "eu vou
    estar mandando", "vou estar passando", vou estar verificando e sim eu vou MANDAR , vou PASSAR e vou VERIFICAR (muito mais simples, mais elegante e CORRETO).
    -Da mesma forma, é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO? Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?
    -Ao telefone não use: “Quem gostaria?” É de lascar...
    -Não é elegante você tratar por telefone pessoas que não conhece utilizando
    termos como: querido(a), meu filho(a), meu bem, amigo(a)... Utilize o nome da
    pessoa ou Senhor, Senhora.
    Por último, e talvez a pior de todas: por favor, arranquem os benditos SEJE e
    ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem)

    quinta-feira, 25 de agosto de 2011

    AULA SOBRE CONJUNÇÃO DIA 25.08.2011 EJA 4 FASE A/B/C/



    CONJUNÇÃO

    As conjunções são vocábulos de função estritamente gramatical utilizados para o estabelecimento da relação entre duas orações, ou ainda a relação dois termos que se assemelham gramaticalmente dentro da mesma oração. As conjunções podem ser de dois tipos principais: conjunções coordenativas ou conjunções subordinativas.

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

    }Conjunções coordenativas são os vocábulos gramaticais que estabelecem relações entre dois termos ou duas orações independentes entre si, que possuem as mesmas funções gramaticais.
    As conjunções coordenativas podem ser dos seguintes tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.

    CONJUNÇÃO ADITIVAS

    }As conjunções coordenativas aditivas possuem a função de adicionar um termo a outro de mesma função gramatical, ou ainda adicionar uma oração à outra de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas gramaticais são: e, nem.
    }Ex:Todos aqui estão contentes e despreocupados;
    }O acontecimento não foi bom nem ruim. 

    CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS
    As conjunções coordenativas adversativas possuem a função de estabelecer uma relação de contraste entre os sentidos de dois termos ou duas orações de mesma função gramatical. As conjunções coordenativas adversativas são: mas, contudo, no entanto, entretanto, porém,todavia.

    EXEMPLO:
    }Não negou nada, mas também não afirmou coisa nenhuma;
    }A moça deu a ele o dinheiro: porém, o fez receosa.

    CONJUNÇÃO ALTERNATIVA
    }Conjunções coordenativas alternativas são as conjunções coordenativas que unem orações independentes, indicando sucessão de fatos que se negam entre si ou ainda indicando que, com a ocorrência de um dos fatos de uma oração, a exclusão do fato da outra oração. As conjunções coordenativas alternativas são: ou (repetido ou não), ora, nem, quer, seja, etc.

    EXEMPLOS:
    }Tudo para ele era vencer ou perder;
    }Ou namoro a garota ou me vou para longe;
    }Ora filosofava, ora contava piadas. 

    CONJUNÇÃO CONCLUSIVA
    As conjunções coordenativas conclusivas são utilizadas para unir, a uma oração anterior, outra oração que exprime conclusão o conseqüência. As conjunções coordenativas são:assim, logo, portanto, por isso etc...

    EXEMPLOS:
    }Estudou muito, portanto irá bem no exame;
    } O rapaz é bastante inteligente e, logo, será um privilegiado na entrevista. 

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS EXPLICATIVAS.
    }Conjunções coordenativas explicativas são aquelas que unem duas orações, das quais a segunda explica o conteúdo da primeira. As conjunções coordenativas explicativas são:porque, que, pois, porquanto. 

      EXEMPLOS:
    } Não entrou no teatro porque esqueceu os bilhetes;
    Entre, que está muito frio.

    quarta-feira, 24 de agosto de 2011

    Atividade para EJA dia 23.08.11 Int.Texto valor 10,00

    Atividade de Língua Portuguesa Escola Wiemar G.Torres dia 23.08.11
    Nome:_______________________________________________Turma 4ª fase
    Prof.Lilian

    1. No conto a seguir você vai conhecer uma personagem muito especial. Será que ela é boa, má ou maluca?
    A peste que eu fui ou...Ai, que falta de saudades dos meus oito anos!
    A bicicleta era uma só Era uma velha bicicleta, meio desconjuntada pintada de" azul cheguei" e, sobretudo,era minha. Os adultos queriam jogar Bridge, ou sei lá,enfim, não desejavam crianças na sala, sobretudo também,por causa do bridge. Então os adultos diziam assim: - Vão andar de bicicleta queridinhas!
    Eu estava uma fera. Andar na MINHA bicicleta, sair de MINHA casa e fingir,sobretudo,que não percebia o outro jogo do MEU pai! A amiga naqueles tempos passadíssimos, era gorda.
    Minha obrigação era levá-la no selim. Lá ia eu, curtindo meu ódio, levando a gorducha e bonita e rosada e louca e ...Pois é!
    Eu morava na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Naquele tempo quase não havia automóvel por ali, lugar ideal para levar a gorda,bonita,rosada e louça, no selim, enquanto eu,magra arrepiada e exausta, suava nhec,nhec,pedalando a MINHA bicicleta...A gorda,só tomando brisa,cantarolava louca.
    Aí eu vi um paralelepípedo muito atraente, fora do lugar, no caminho. O paralelepípedo, de um lado, o buraco do outro, com muito lugar ainda para a bicicleta passar, sem problemas.
    Foi quando eu perguntei para a louca: - Você gostaria de morrer caindo naquele buraco, ou preferia fraturar o nariz naquela pedra?Escolha , queridinha, porque eu vou fazer com que você odeie bicicleta para o resto da sua vida!
    A menina deu um risinho e respondeu, com voz de soprano: - Você adora fazer dramas, não é, Sylvia?
    - Adoro, sim, mas responda depressa,porque eu vou me machucar, mas você queridinha,vai se arrebentar!
    - Me deixa pensar, ainda não decidi! – respondeu a inocente criatura, pesadíssima.
    Aí, eu dei mais uma volta, para dar tempo para ela decidir. De repente, a menina percebeu que eu estava falando serio, começou a choramingar, na base  do eu quero descer da bicicleta, vou falar com mamãe , estou de mal.
    Eu já estava de volta. Gritei, pedalando violentamente, correndo o mais que podia: - Escolha: a pedra ou buraco?
    - A pedra, a pedra! – berrava a menina.
    Fui alvo, com toda a velocidade. A pedra chegando, chegando... E nos esborrachamos!
    Ela ficou toda ralada, chorando alto. Eu pingando sangue no nariz, sorria, no auge da felicidade.
    Era uma peste. Sou até hoje, porque meu pai, quando ler esta historia, vai ficar danado da vida. Bem feito quem mandou jogar Bridge?
                                       (Sylvia Orthof. Em o sadismo da nossa infância. São Paulo: summus,s.d)




    1. Um paralelepípedo é um objeto bastante comum. O que fez com que aquela pedra se tornasse tão atraente para Sylvia?
    2. Qual foi a reação da amiga quando soube do plano de Sylvia?
    3. Por que Sylvia, mesmo machucada, estava feliz? Você concorda?
    4. Releia o texto, observe as palavras que estão escrita com letras maiúsculas. Depois responda:
    . Qual a classe gramatical de MINHA,MEU?
    . Qual a intenção da narradora ao utilizar este recurso?
    5. A história foi narrada em ______pessoa. Para justificar sua resposta, retire uma frase do ultimo parágrafo e circule as palavras que confirme o tipo de narrado.
    6.Escreva os seguintes elementos do conto de Sylvia Orthof:
    CONFLITO:______________________________________________________
    PERSONAGEM:___________________________________________________
    ESPAÇO: ________________________________________________________
    Na frase “ A menina deu um risinho e respondeu.”
    . Os verbos estão em que tempo verbal?
    . Reescreva a frase no presente do indicativo.
    .Reescreva a frase no futuro do indicativo.